05.02.2024
Os famalicenses candidatos a deputados pela Aliança Democrática (AD), pelo Círculo Eleitoral de Braga, assinalaram esta segunda-feira, 5 de fevereiro, o início da pré-campanha eleitoral com um encontro com a comunicação social, ao qual se associaram os presidentes das Comissões Políticas Concelhias do PSD e do CDS-PP, Fernando Costa e Hélder Pereira, respetivamente.
Jorge Paulo Oliveira (4º da lista) e Durval Tiago Ferreira (11º) reiteraram que a AD faz falta aos portugueses, sendo a única alternativa ao caminho de empobrecimento, a todos os níveis, que atinge o país desde os últimos oito anos.
“A Aliança Democrática quer oferecer aos portugueses uma efetiva mudança de política e de políticas com forte consciência social assente numa governação com elevada exigência ética, integridade, responsabilidade política, respeito pela separação de poderes e pelas instituições, e empenho efetivo no combate à corrupção e tráfico de influências”, afirmou Jorge Paulo Oliveira.
Os candidatos estão convictos de que a AD vai voltar a colocar o país no rumo certo. De desenvolvimento económico sustentável, de melhoria substancial dos serviços públicos, mas sobretudo mais humanista e com capacidade de resposta aos mais prementes e imediatos problemas com que se debatem jovens, famílias e idosos do nosso país.
O encontro com os jornalistas ficou também marcado por um balanço da governação socialista no concelho de Famalicão.
Comunicação dos candidatos da AD na conferência de imprensa:
“No dia 7 de novembro de 2023, o Dr. António Costa demitiu-se do cargo de primeiro-ministro, atirando o país para uma crise política de que resultou a dissolução da Assembleia da República e a marcação de eleições legislativas antecipadas.
É importante realçar que não foi a Justiça que atirou o Governo abaixo, como nos quer fazer crer o Partido Socialista. O que atirou o Governo abaixo foi a demissão do Dr. António Costa por entender não ter condições para continuar à frente de um executivo irremediavelmente fragilizado por um corrupio de casos, casinhos e casões, por uma sucessão de suspeitas de trocas de favores, pela acumulação de mentiras, pelo nepotismo partidário, pela colonização do Estado, pelos “atentados” à independência dos reguladores e das entidades de fiscalização e pela manifesta incapacidade do Governo em resolver os principais problemas do país.
O Dr. António Costa e o Partido Socialista não estiveram à altura da maioria absoluta que os portugueses lhe concederam, desperdiçando todo um contexto favorável à governação do país: maioria absoluta dos deputados no Parlamento, mais de 7 anos de exercício de governação, detenção da maioria das câmaras municipais do país, colaboração e mesmo da proteção do Senhor Presidente da República, paz social, maior arrecadação de receita fiscal de sempre e a disponibilidade do maior envelope financeiro a que o país alguma vez teve acesso em termos de fundos comunitários, que juntam o Portugal 2020, o Portugal 2030 e o PRR.
Tudo o Partido Socialista desperdiçou. As reformas não aconteceram, as promessas não tiveram tradução prática, os problemas agravaram-se e o espaço público cobriu-se de descontentamento e contestação com origem nos mais variados setores: professores, médicos, oficiais de justiça e, nos últimos dias, os agricultores e as forças de segurança.
É neste quadro que PSD, CDS-PP e PPM se juntaram para o oferecer aos portugueses uma efetiva Mudança Política e de políticas com mais ambição, com coragem reformista que fomente a competitividade das empresas, a qualificação dos portugueses, o reforço do Portugal empreendedor e exportador, a valorização do mundo rural, que salve e reabilite o Estado Social do definhamento em curso, e que assegure a todos os portugueses a saúde, educação e habitação acessíveis e com qualidade.
A Aliança Democrática quer oferecer aos portugueses uma efetiva Mudança de Política e de políticas com forte consciência social assente numa governação com elevada exigência ética, integridade, responsabilidade política, respeito pela separação de poderes e pelas instituições, e empenho efetivo no combate à corrupção e tráfico de influências.
A Aliança Democrática integra três famalicenses na sua lista pelo Círculo Eleitoral de Braga: a minha pessoa, a do Durval Tiago Ferreira, com quem tive o privilégio de partilhar a vereação da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão entre 2002 e 2009, a que se junta Ricardo Mesquita, atualmente Presidente da Comissão Política Distrital de Braga da JSD.
Neste contexto, e através desta Conferência de Imprensa, que igualmente se assume como o pontapé de saída da campanha eleitoral que hoje iniciamos em Vila Nova de Famalicão e que contará com Pedro Santos, Vitor Pereira, Isaque Pinto e Hugo Mesquita, respetivamente como Mandatário Concelhio, Diretor de Campanha Concelhio, Diretor de Campanha Adjunto e Diretor de Conteúdos Digitais, permitam-me que possa começar por prestar contas daquilo que foi o meu trabalho parlamentar na XV Legislatura.
Como sempre defendi, prestar contas não é apenas uma obrigação natural decorrente do exercício de funções públicas, não é apenas um mero exercício de transparência, é, igualmente, a manifestação de respeito e consideração devida a todos aqueles que nos confiaram um mandato de representação.
Gostaria, desde já, por começar por referir que foi uma honra e uma imensa alegria representar os portugueses, e muito particularmente os famalicenses, lutando por um país melhor em todas as suas dimensões, nas múltiplas funções que desempenhei ao longo dos 21 meses de duração da Legislatura, seja como Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD, com a tutela da Comissão da Administração Pública, Ordenamento do Território e do Poder local, como Coordenador do PSD na Comissão da Defesa Nacional e Vice-Coordenador na Comissão de Orçamento e Finanças, seja como membro da Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação e ainda, como Coordenador dos Deputados do PSD eleitos pelo Círculo Eleitoral de Braga.
Sinto ter cumprido o meu dever e se o balanço estatístico que desde já começo por apresentar de per si não é sinónimo de qualidade, algum valor por certo deve ter, pois no mínimo revela o esforço imprimido ao mandato:
40 Intervenções em Plenário
21 Projetos de Lei
37 Projetos de Resolução
02 Apreciação Parlamentar
01 Projeto de Deliberação
127 Perguntas ao Governo
26 Requerimentos ao Governo
09 Nomeações como Relator de petições, iniciativas legislativas e europeias
322 Audições
15 Audiências
50 Votos
09 Sessões do Parlamento Jovem
Como é público, o trabalho parlamentar dos Deputados está devidamente registado no site do Parlamento e pode, por isso, ser política e qualitativamente avaliado pelos eleitores. Mas há sempre aqueles momentos e experiências políticas que nos marcam e que o espaço informativo na Internet na Assembleia da República não evidencia. Neste contexto, gostaria de assinalar:
Em 2021, assumi o compromisso de dar voz a todos quanto vivem, trabalhem ou estudem em Vila Nova de Famalicão. Dar voz a todas as suas organizações, agentes, autarcas, empreendedores e empresários.
É certo que, do ponto de vista Constitucional, os Deputados representam todo o país e não apenas os cidadãos do círculo eleitoral pelo qual foram eleitos, mas nunca declinei a minha condição de famalicense, sempre tive os dois pés em Vila Nova de Famalicão e por isso procurei levar para o centro do debate político em Portugal, as necessidades, os anseios e as aspirações de todo este território, dar-lhes expressão e visibilidade, independentemente da sua dimensão e origem.
Procurando ser fiel ao compromisso que assumi, levei ao Parlamento, através de diferentes mecanismos, ora denunciando, ora reclamando, ora defendendo, assuntos e temas tão diversos como:
Muitos destas temáticas não são novas, foram já objeto de igual abordagem em outras legislaturas o que revela a pouca atenção que os sucessivos governos dos Partido Socialista dispensaram a Vila Nova de Famalicão.
Balanço da Governação Socialista em Vila Nova de Famalicão
É um facto que a legislatura foi interrompida apenas ao fim de 21 meses, mas importa fazer um Balanço da Governação Socialista em Vila Nova de Famalicão, um balanço não de 21 meses, mas de oito anos, com governos do mesmo partido e com o mesmo primeiro-ministro.
Este balanço é, infelizmente, mas necessariamente negativo.
Na verdade, apesar das sucessivas promessas desde 2015, subsistem hoje 1,7 milhões de portugueses sem médico de família, de entre os quais centenas de famalicenses.
O Governo não reabriu, nem justificou a não reabertura das Extensões de Saúde de Arnoso Santa Maria e do Louro, implicitamente prometidas em campanha eleitoral, isto para não falar da construção de uma nova Extensão de Saúde de Vale S. Cosme, que o PS sempre alegou, no tempo do último governo do PSD-CDS/PP, não inexistirem quaisquer constrangimentos orçamentais, mas apenas falta de vontade política.
Mas com um investimento público negativo desde 2015, como é natural, muitas das obras há muito reclamadas e prometidas, não passaram do papel:
Se excluirmos a requalificação da Avenida 9 de Julho e a criação de uma rotunda na N206, em Vermoim, tudo o mais que se fez em Vila Nova de Famalicão, deve-se sobretudo à ação da Câmara Municipal. Nos últimos 8 anos:
Nos últimos oito anos, com os Governo do PS, nenhum serviço público novo nasceu em Vila Nova de Famalicão, mas o preconceito ideológico do Governo conduziu ao fim dos contratos de associação e com eles ao encerramento do Externato Delfim Ferreira e da Didáxis, em Vale S. Cosme, que, por sua vez, conduziu ao sobrelotamento do parque escolar público.
Com o Governo do PS encerraram os Balcões dos CTT de Riba de Ave e de Lousado.
Com o Governo do PS deixamos de ter duas Repartições de Finanças, fundidas que foram numa única.
Com o Governo do PS foi extinto o Centro de Manutenção Ferroviária de Nine.
Com o Governo do PS foi equacionado o encerramento dos serviços de urgência de obstetrícia da unidade hospitalar de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave; sendo que no último ano o número de partos foi muito maior do que no ano anterior, o que só prova a falta de fundamento de tal medida.
Com o Governo do PS, o Balcão da Caixa Geral de Depósitos encerrou na Vila de Riba de Ave.
Em suma, tal como no Distrito e em todo o País, também em Vila Nova de Famalicão o governo socialista governou à custa do maior desinvestimento público de que há memória em Portugal, degradando os serviços públicos essenciais, como sejam o Serviço Nacional de Saúde, a Educação, a Justiça ou a Segurança.
Em consequência, apesar da asfixia fiscal imposta sobre as pessoas e as empresas, Portugal é hoje o País mais pobre da Europa ocidental.
Pelo que é urgente a mudança, para um projeto alternativo credível, experiente e solidário, que faça crescer a economia e trazer prosperidade para os portugueses e, em particular, para os famalicenses.
Essa alternativa só é possível com a Aliança Democrática.