04.02.2017
O Padre Lino Maia, Presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, é perentório: “Vila Nova de Famalicão é exemplar no país no apoio social, com respostas para todos”. Afirmação proferida esta sexta-feira, 3 de fevereiro, nas instalações da Engenho – Associação de Desenvolvimento Local do Vale do Este, em Arnoso Santa Maria, numa conferência do PSD de Vila Nova de Famalicão sobre “O Terceiro Sector e o Poder Local”, em que foi o orador convidado.
Voz ativa e com autoridade acrescida sempre que se trata de defender as camadas mais frágeis da sociedade, o Padre Lino Maia sublinhou que Vila Nova de Famalicão é um concelho “privilegiado”. “Porque tem todo o tipo de Instituições Particulares de Solidariedade Social [IPSS] e consegue dar respostas transversais, na infância, juventude, terceira idade e deficiência, e em áreas como a educação, a saúde e a solidariedade”, argumentou, observando ainda que “é talvez neste concelho onde há mais inovação, atividade e desenvolvimento”.
O terceiro sector – comummente entendido como o conjunto das atividades de organizações da sociedade civil criadas por iniciativa dos cidadãos para prestação de serviços públicos – tem uma forte expressão em Vila Nova de Famalicão onde as suas 63 IPSS mobilizam perto de 4 mil trabalhadores, acolhendo, auxiliando e acompanhando cerca de 12 mil pessoas.
A descentralização de competências do Estado para as autarquias em matéria social é algo que o Padre Lino Maia subscreve, tal como o Presidente da Comissão Política Concelhia, Paulo Cunha, uma das presenças nesta conferência que contou com a participação de cinco dezenas de pessoas. “Existe uma proximidade grande, intuitiva até, e uma cumplicidade entre o terceiro sector e as autarquias. Uma cultura de compromisso e de conhecimento de causa, importante para ajudar a sociedade e debelar dificuldades. O PSD tem uma trajetória coerente e contínua de defesa deste sector”, afirmou. Pelo que, para o líder da secção famalicense do PSD, a grande disponibilidade evidenciada pelas câmaras e juntas de freguesia para estas causas, justifica a descentralização de competências na área social.
O Padre Lino Maia reiterou, por seu lado, que “as autarquias são Estado de proximidade”, defendendo que as câmaras municipais possam ter no apoio e na proteção social “um papel extremamente importante” ao nível da coordenação, fiscalização e regulação. “IPSS e autarquias não são concorrenciais, de modo nenhum, antes se complementam”, sublinhou, em jeito de conclusão.