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27.02.2017

Jorge Paulo Oliveira pergunta: como estão os inquéritos ao Hospital de Famalicão?

No inicio do ano, vivendo-se uma situação de inegável caos nas urgências hospitalares do Serviço Nacional de Saúde, com doentes 12 e 13 horas a aguardar serem atendidos, a imprensa noticiou a existência do caso de uma cidadã que esteve à “Espera 6 dias nas Urgências por uma cama” no Hospital de Famalicão, pertencente ao Centro Hospitalar do Médio Ave.

Com efeito, na sua edição de 3 de janeiro, o jornal Correio da Manhã noticiava que a falta de camas no hospital de Famalicão “está a deixar doentes à espera nas Urgências, em alguns casos, há vários dias. Segundo apurou o CM uma mulher esteve seis dias nas Urgências à espera de uma cama. Há outros doentes que estão há mais de 48 horas em macas nos corredores e numa sala sobrelotada, à espera de passar para o internamento. Quem la trabalha denuncia a situação de rutura”.

O mesmo diário escrevia que “quem lá trabalha” diz que esta tem sido uma situação recorrente. “Há camas que ocupam os corredores até às casas de banho. Como não há espaço, os doentes são tratados junto de outros doentes, o que põe em perigo a higiene do local», denuncia ao CM um funcionário da unidade que pede anonimato, garantindo não estar a ser feita a devida higienização aos doentes: «Não são respeitadas as condições nem distância mínima entre doentes».

Nesse mesmo dia o Ministro da Saúde reagiu à situação descrita, considerando “absolutamente inaceitável” que uma mulher tenha estado seis dias à espera de uma cama nas urgências do Hospital de Famalicão, afirmando ter determinado de imediato “a abertura de um inquérito pela Inspeção-geral das Atividades em Saúde” e pedido à “Administração Regional de Saúde do Norte que também fizesse o mesmo”, salientando ainda ter a certeza de que o “hospital irá retirar consequências dessa situação”. Decorridos que estão dois meses desconhecem-se os resultados daqueles inquéritos, circunstância que levou o deputado social democrata, Jorge Paulo Oliveira a questionar o Ministro da Saúde.

Em Pergunta dirigida a Adalberto Campos Fernandes, o famalicense quer que o ministro informe se os inquéritos ordenados à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde e à Administração Regional de Saúde do Norte, foram iniciados e tendo sido concluídos quais as suas conclusões. O deputado social democrata interroga também o ministro sobre que outras diligências foram ordenadas relativamente aos factos que alegadamente ocorreram no Hospital de Famalicão.

Jorge Paulo Oliveira afirma que tendo decorrido já quase dois meses desde a ocorrência dos factos noticiados pelo Correio da Manhã, cuja gravidade foi ademais “reconhecida pelo próprio Ministro da Saúde” impõe-se que os mesmos sejam averiguados “com celeridade e as suas conclusões sejam tornadas públicas”.

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