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26.06.2018

EB de Pedome precisa de potencializar a sua capacidade de instalação.

A Escola Básica de Pedome antevê que o fim dos contratos de associação decretado pelo Governo conduzirá à necessidade de criar condições para acomodar mais seis turmas de alunos oriundos de outros estabelecimentos de ensino, nomeadamente da Didáxis e do Externato Delfim Ferreira, ambas em Riba de Ave.

Isso mesmo foi transmitido pelo Diretor do Agrupamento, Prof. Fernando Manuel Lopes, a Jorge Paulo Oliveira, Deputado à Assembleia da República, que acompanhado de José Luís Alves, Presidente da Junta de Freguesia e Nuno Marques Moreira, Presidente da JSD de Famalicão, visitaram durante a manhã desta segunda-feira aquela escola.

Para que a Escola possa acomodar mais seis turmas a Direção do Agrupamento aponta várias soluções como seja a transferência das turmas do 1º Ciclo do Ensino Básico para as antigas instalações da Escola Profissional Bento Jesus Caraça, a instalação de seis módulos de salas de aula nos terrenos da própria Escola ou o arredamento de salas de aula para turmas do 2º e 3º ciclo na Vila de Riba de Ave.

“Se nenhuma destas soluções for adotada resta o desdobramento de horários, solução que põe objetivamente em causa a qualidade do serviço educativo prestado, tanto mais que retiraria à Escola a possibilidade de continuar a garantir um conjunto de serviços aos alunos que as dinâmicas de uma Escola TEIP, como é o caso, ou seja uma escola inserida em territórios educativos de intervenção prioritária, proporcionam”, assegura Jorge Paulo Oliveira avisando que “esta é uma responsabilidade exclusiva do governo e esta é uma decisão que já deveria ter tomado há muito tempo”.

Para o deputado famalicense nada do que está a acontecer é surpresa. “Quando no final do ano letivo de 2015/2016, o governo decidiu, sem ouvir os demais atores que intervêm na execução das politicas públicas, acabar com os contratos de associação, logo se percebeu que aquela decisão não fora suficientemente pensada”.

“Naquela altura alertamos que os demais estabelecimentos de ensino público não estavam preparados para receberem vagas significativas de alunos. Até podia haver oferta de salas de aula em número suficiente, mas os espaços complementares como ginásios, recreios, espaços de convívios, refeitórios ou bibliotecas existentes eram insuficientes. Nessa altura, segundo Jorge Paulo Oliveira “o governo não quis ouvir, nem respondeu às questões que lhe foram colocadas”.

“Sabíamos que os problemas podiam não ser imediatos, mas que acabariam por ocorreram num espaço de tempo mais alargado. Aí estão eles”, diz o social democrata, para quem os mesmos se estão a manifestar “em todos os equipamentos escolares públicos no concelho de Vila Nova de Famalicão”.

“O governo tomou uma decisão com base num preconceito ideológico e não ouviu absolutamente ninguém. Questionado e alertado para as graves consequências da sua decisão unilateral, fez ouvidos de mercador. É a ele e só a ele a quem compete encontrar as soluções. Nós não vamos deixar de o exigir e não vale a pena tentar sacudir a água do capote”. sentencia o deputado famalicense.

A Rede Local de Educação e Formação de Vila Nova de Famalicão, abrange as Cooperativas de Ensino Didáxis de Riba de Ave e S. Cosme, Externato Delfim Ferreira, em Riba de Ave, Externato Infante D. Henrique ALFACOOP, de Ruilhe, em Braga e o Instituto Nuno Alvares, nas Caldas da Saúde, em Santo Tirso, escolas com as quais o governo decretou o fim dos contratos de associação.

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