Hoje quero falar de famalicão

03-05-2016

MADE IN. Dá a conhecer um Famalicão que os famalicenses desconhecem e um Portugal que os portugueses ignoram. O “Famalicão Made IN” é, em termos nacionais, provavelmente o mais arrojado projeto de promoção do desenvolvimento económico, idealizado e operacionalizado por uma câmara municipal. Os resultados começam a aparecer em vários domínios e nunca Famalicão despertou tanto interesse dos media nacional. O destaque que o semanário Expresso concedeu este fim de semana, à robustez empresarial do concelho, é apenas o último exemplo.

IDEOLOGIAS. Não vale a pena nos iludirmos. O Governo quer acabar com os contratos de associação com as escolas do ensino particular e cooperativo. Ao contrário do que pensava, essa não é apenas a vontade do PCP e do BE, essa é também a vontade de António Costa. Não há qualquer justificação racional para esta pretensão. Há apenas uma agenda ideológica que teima em desconhecer que as escolas com contratos de associação servem o interesse das populações locais da mesma forma que as escolas estatais. Por força dessa agenda, em Vila Nova de Famalicão, o percurso educativo de cerca de 5 mil e quatrocentos alunos será interrompido e instituições educativas de referência, como as Escolas Cooperativas Didáxis de Riba de Ave e S. Cosme e o Externato Delfim, serão encaminhadas para o cadafalso.

HIPOCRISIA. Não vejo que outro nome se possa dar ao comportamento de quem, como o PCP e o BE, propõe que se reforce os meios financeiros e humanos e se proceda a investimentos vários no Centro Hospitalar do Médio Ave, que sabemos deles carecer, depois de, sensivelmente há um mês, terem votado e aplaudido de pé o Orçamento do Estado para 2016 que reduz o financiamento dos hospitais do SNS em 90 milhões de euros e apenas contempla um acréscimo de financiamento do CHMA de 0,3%. Um valor de todo insuficiente, desde logo, para acomodar o necessário acréscimo das despesas com pessoal, por força da reposições salariais e do pagamento de horas extras, estas decorrentes da redução do horário de trabalho para as 35 horas, quanto mais para o resto.


Vice-Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Famalicão

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Jorge Paulo Oliveira

Jorge Paulo Oliveira